A Polícia Civil de Goiás, por meio da 7ª Delegacia de Polícia de Aparecida de Goiânia (2ª DRP), com apoio de equipes da própria regional e da Delegacia Municipal de Rialma (10ª DRP), deflagrou nesta quinta-feira (6) a Operação Entrega Fantasma. A ação tem como objetivo desarticular um grupo suspeito de desviar cargas e fraudar entregas logísticas em uma transportadora de grande porte, gerando prejuízo estimado em aproximadamente R$ 500 mil.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados, com a finalidade de localizar documentos, celulares e outras evidências que possam confirmar a prática de furto qualificado mediante abuso de confiança, associação criminosa e receptação qualificada.
As investigações começaram após o proprietário da transportadora identificar irregularidades em carregamentos realizados fora dos procedimentos internos da empresa. Imagens de vigilância e dados de rastreamento apontaram que, nos dias 10 e 11 de outubro de 2025, funcionários — incluindo gerentes, encarregados de turno e motoristas — autorizaram e executaram carregamentos sem romaneios ou notas fiscais, enviando as cargas a destinos não registrados. Parte dos produtos foi rastreada até uma empresa receptadora no interior do estado.
Os elementos reunidos indicam que empregados e terceiros atuavam de forma coordenada para realizar furtos qualificados, associação criminosa e receptação, com movimentações repetidas ao longo dos últimos meses.
Durante o cumprimento de mandado em uma empresa no município de Rialma, grande parte da carga desviada foi localizada e apreendida. O proprietário do estabelecimento foi preso em flagrante pelo crime de receptação qualificada, previsto no artigo 180, §1º, do Código Penal.
Informações coletadas na operação também permitiram encontrar parte da carga em uma residência em Goiânia, resultando na lavratura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por receptação culposa, pela posse de produtos de origem ilícita sem comprovação de aquisição.
Ao todo, centenas de caixas de mercadorias subtraídas foram recuperadas, além de aparelhos celulares.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos, rastrear o fluxo financeiro e encerrar as atividades ilícitas do grupo, segundo a Polícia Civil de Goiás.
