Morre Ozzy Osbourne, ícone do heavy metal, aos 76 anos

Cultura

O cantor britânico Ozzy Osbourne, um dos maiores nomes da história do rock e figura central na criação do heavy metal, faleceu aos 76 anos. A causa da morte do vocalista ainda não foi divulgada oficialmente. Conhecido mundialmente como o “Príncipe das Trevas”, Ozzy se consolidou como líder da lendária banda Black Sabbath e, mais tarde, como um artista solo de sucesso.

Nascido John Michael Osbourne em Birmingham, na Inglaterra, ele transformou a realidade sombria da cidade industrial em combustível para um som pesado, sombrio e inovador. Com o Black Sabbath, foi pioneiro de um estilo que redefiniria o rock nas décadas de 1970 e 1980.

Com uma presença de palco inconfundível e uma personalidade irreverente, Ozzy conquistou milhões de fãs ao redor do mundo. Mesmo enfrentando graves problemas de saúde nos últimos anos — incluindo o diagnóstico de Parkinson em 2019 e múltiplas cirurgias — o cantor seguia com seu espírito resiliente. “Apesar de todas as minhas reclamações, ainda estou vivo… vejo pessoas que não fizeram nem metade do que eu e não chegaram até aqui”, declarou em entrevista.

Trajetória de um ícone do rock

Ozzy Osbourne iniciou sua carreira no final dos anos 1960, quando fundou o Black Sabbath ao lado de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward. Com álbuns como Black Sabbath (1970), Paranoid (1970), Master of Reality (1971) e Vol. 4 (1972), a banda ajudou a moldar o som e a estética do heavy metal. As letras sombrias e os riffs pesados criaram uma identidade única que influenciaria gerações.

Após sua saída do Black Sabbath em 1979, Ozzy embarcou em uma carreira solo de enorme sucesso. Seu álbum de estreia, Blizzard of Ozz (1980), incluiu sucessos como “Crazy Train” e “Mr. Crowley”, com a colaboração do guitarrista Randy Rhoads, cuja morte precoce em 1982 abalou profundamente o cantor.

Mesmo com desafios pessoais — incluindo vícios, internações e episódios polêmicos, como o infame momento em que mordeu a cabeça de um morcego no palco — Ozzy permaneceu como uma figura carismática e cultuada. Nos anos 2000, ganhou uma nova geração de fãs com o reality show The Osbournes, exibido pela MTV, que mostrou seu cotidiano ao lado da esposa Sharon e dos filhos.

Ao longo da carreira, lançou mais de uma dezena de álbuns solo, foi introduzido ao Hall da Fama do Rock and Roll com o Black Sabbath em 2006 e recebeu o Grammy Lifetime Achievement Award em 2019.

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